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Curso de Filosofia Política

A fragilidade das Democracias Constitucionais

PRINCIPIA
05 / 2025
9789897164712
978-989-716-471-2
Português
CIENCIA POLITICA
08 / 05 / 2025
Portugal
Política, religião e filosofia
Capa mole ou bolso
últimos 15 dias

Sinopse

«Do ponto de vista ideológico, a cultura do século XX foi, em boa parte, dominada por correntes antiliberais. Apesar da sua importância histórica na alteração das estruturas sociais e do poder político, o liberalismo nunca deixou de suscitar reservas. Por um lado, o conservadorismo nunca deixou de estar ativo, reaparecendo em sucessivas metamorfoses. Por outro, a fragilidade dos regimes constitucionais deu azo ao aparecimento de doutrinas em confronto com o pensamento liberal, em particular o fascismo (Gentile), o nazismo (Schmitt), e o marxismo (Gramsci). O marxismo, rotulando como «abstrações burguesas» as ideias liberais separação de poderes, direitos individuais, democracia representativa, viria mesmo a impor-se como ideologia inultrapassável, no dizer de Sartre, não obstante coincidir, paradoxalmente, com o liberalismo na ideia utópica de uma sociedade que dispensaria o que é propriamente político. Com a derrocada do socialismo nos países do Centro e do Leste europeus, em finais do século, dir-se-ia que a democracia liberal tinha, finalmente, vingado, pondo em causa o prestígio de marxistas como Lukács, Marcuse ou Althusser. Pura ilusão! Sob a equívoca designação de democracias iliberais, as au-tocracias recompuseram-se, multiplicaram-se, e Putin apelidou o liberalismo de doutrina obsoleta. Apesar deste seu predomínio, o antiliberalismo não tem impedido o surgimento de importantes obras a questioná-lo, de que são exemplo as que José Colen apresenta neste volume. O resultado é um notável trabalho de filosofia política que, por certo, não deixará indiferente quem quiser conhecer o novelo de ideias, emoções e interesses que lastram as controvérsias de hoje e que sempre foram a alma do político.»